1 de nov. de 2021

Dia de Todos os Santos em perspectiva reformada


O marco inicial da Reforma está diretamente relacionado ao Dia de Todos os Santos, uma vez que Lutero escolheu a Véspera de Todos os Santos (All Hallows'Eve) para fixar suas 95 teses na Capela de Wittenberg. 

Sabemos que a principal (re)descoberta da Reforma foi a justificação pela graça mediante a fé. O pecado é algo inerente a nossa natureza humana, não sendo possível uma autojustificação. Cristo é, portanto, nossa justificação.

Então, se na Tradição Reformada acreditamos que todos os crentes são igualmente santos por intermédio de Cristo Jesus, porque muitas igrejas reformadas e presbiterianas ao redor do mundo celebram o Dia de Todos os Santos?

O Dia de Todos os Santos tem um foco bastante diferente em nossa tradição. Embora possamos glorificar a Deus pela vida de cristãos exemplares do passado, a ênfase está muito mais na santificação contínua de todo o povo de Deus: os santos do presente e do passado pelos quais louvamos a Deus em ação de Graças.

Em nosso contexto, o Dia de Todos os Santos pode ser um momento em que expressamos nossa gratidão por aqueles e aquelas que mesmo em momentos difíceis mantiveram a fé, que foram vozes proféticas chamando a igreja a ser fiel e testemunharam os valores do Reino de Deus. Lembrar dessa nuvem de testemunhas que nos rodeia (Hebreus 12.1) e nos precede, nos encoraja também a perseverar diante das adversidades de nosso tempo, sabendo que o mesmo Deus que sustentou os crentes no passado é o mesmo que nos sustenta hoje. (Bower, Peter. Companion to the Book of Common Worship. Geneva Press, 2003, pp. 150-151)

O dia 1º de novembro ou o primeiro domingo de novembro pode ser ocasião apropriada para as comunidades relembrarem e agradecerem a Deus pela vida dos seus eclesianos que faleceram recentemente.



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