O marco inicial da Reforma está diretamente relacionado ao Dia de Todos os Santos, uma vez que Lutero escolheu a Véspera de Todos os Santos (All Hallows'Eve) para fixar suas 95 teses na Capela de Wittenberg.
Sabemos que a principal (re)descoberta da Reforma foi a justificação pela graça mediante a fé. O pecado é algo inerente a nossa natureza humana, não sendo possível uma autojustificação. Cristo é, portanto, nossa justificação.
O Dia de Todos os Santos tem um foco bastante diferente em nossa tradição. Embora possamos glorificar a Deus pela vida de cristãos exemplares do passado, a ênfase está muito mais na santificação contínua de todo o povo de Deus: os santos do presente e do passado pelos quais louvamos a Deus em ação de Graças.
Em nosso contexto, o Dia de Todos os Santos pode ser um momento em que expressamos nossa gratidão por aqueles e aquelas que mesmo em momentos difíceis mantiveram a fé, que foram vozes proféticas chamando a igreja a ser fiel e testemunharam os valores do Reino de Deus. Lembrar dessa nuvem de testemunhas que nos rodeia (Hebreus 12.1) e nos precede, nos encoraja também a perseverar diante das adversidades de nosso tempo, sabendo que o mesmo Deus que sustentou os crentes no passado é o mesmo que nos sustenta hoje. (Bower, Peter. Companion to the Book of Common Worship. Geneva Press, 2003, pp. 150-151)
O dia 1º de novembro ou o primeiro domingo de novembro pode ser ocasião apropriada para as comunidades relembrarem e agradecerem a Deus pela vida dos seus eclesianos que faleceram recentemente.
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